Uma onda de calor volta a atingir Santa Catarina e exige atenção da população para evitar complicações de saúde. O cardiologista e coordenador de clínica médica, Dr. Thiago Sonalio Overrath Tomaz, do Hospital Marieta Konder Bornhausen, reforça a importância de medidas preventivas, especialmente para os grupos mais vulneráveis: crianças, idosos, gestantes, portadores de doenças crônicas, como problemas cardíacos e renais e que trabalham ao ar livre.
“ A exposição prolongada ao calor pode provocar desidratação, insolação e a piora de doenças pré-existentes, como insuficiência renal, insuficiência cardíaca, cardiopatia isquêmica, asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), especialmente em regiões com clima seco. Além disso, há risco de queimaduras solares e sintomas mais graves, como confusão mental e até mesmo coma nos casos extremos de insolação”, explicou o médico.
Os principais sintomas da insolação incluem febre, sede intensa, dor de cabeça e no corpo, redução do volume urinário, pele quente e seca, aumento da frequência cardíaca e, nos casos mais graves, sintomas neurológicos como confusão mental, convulsões e até mesmo coma.
Além da desidratação, podem ocorrer outros problemas como queda de pressão arterial, tontura, desmaios, agravamento de cardiopatias e lesões de pele causadas pela exposição solar excessiva.
Vale lembrar que as medidas de proteção devem ser seguidas por todos. Entre elas: beber bastante água ao longo do dia (entre 30 e 50ml por quilo de peso corporal), usar roupas leves e confortáveis, que facilitem a transpiração, evitar exposição ao sol entre 10h e 16h, refeições leves, incluindo frutas e verduras, e evitar bebidas alcoólicas, manter a medicação de uso contínuo conforme orientação médica, redobrar a atenção com crianças, idosos e pessoas que necessitam de supervisão.
Diante de qualquer sintoma grave, como desmaios, confusão mental ou alterações significativas na pressão arterial, a recomendação é procurar imediatamente atendimento médico.